Para Rebeca
Saiba que a adolescência não significa ausentar-se da vida e torna-se um vazio...
Nós somos as inorgânicas
Frias estátuas de talco
Com hálito de champanhe
E pernas de salto alto
Nossa pele fluorescente
É doce e refrigerada
E em nossa conversa ausente
Tudo não quer dizer nada.
Nós somos as longilíneas
Lentas madonas de boate
Iluminamos as pistas
Com os nossos rostos de opala.
Vamos em câmara lenta
Sem sorrir demasiado
E olhamos como sem ver
Com nossos olhos cromados.
Nós somos as sonolentas
Monjas do tédio inconsútil
Em nosso escuro convento
A ordem manda ser fútil
Fomos alunas bilíngües
De «Sacré-Coeur» e «Sion»
Mas adorar, só adoramos
A imagem do deus Mamon.
Nós somos as esotéricas
Filhas do Ouro com a Miséria
O génio nos enfastia
E a estupidez nos diverte.
Amamos a vida fria
E tudo o que nos espelha
Na ascéptica companhia
Dos nossos machos-de-abelha.
Nós somos as bailarinas
Pressagas do cataclismo
Dançando a dança da moda
Na corda bamba do abismo.
Mas nada nos incomoda
De vez que há sempre quem paga
O luxo de entrar na roda
Em Arpels ou Balenciaga.
Nós somos as granfunestas
As onézimas letais
Dormimos a nossa sesta
Em ataúdes de cristal
E só tiramos do rosto
Nossa máscara de cal
Para o drinque do sol pôsto
Com o cronista social.
Vinicius de Moraes
quinta-feira, 15 de abril de 2010
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Parada Cardíaca
O meu coração já havia dado sinais de que não ia bem, batia descompassado.
Num ritmo acelerado, sem parar,quase explodia! Mas era uma força benigna que preenchia e movia aquele músculo oco, bem no meio do meu peito.
Sem entender a razão, os batimentos mudavam, quase paravam.Era um ritmo retardado, um músculo atrofiado, enfastiado que insistia ter aquele vazio ocupado.
Dos átrios para os ventrículos, corria o amor tão vermelho, tão intenso e viscoso, levando os nutrientes necessários para resistir aos ataques que sofria.
Mas,meu coração parou...De forma inesperada e abrupta, parou.
Não deu tempo pra tentar,não deu tempo pra reanimar.
Foi parada cardíaca,a morte súbita do nosso amor.
Num ritmo acelerado, sem parar,quase explodia! Mas era uma força benigna que preenchia e movia aquele músculo oco, bem no meio do meu peito.
Sem entender a razão, os batimentos mudavam, quase paravam.Era um ritmo retardado, um músculo atrofiado, enfastiado que insistia ter aquele vazio ocupado.
Dos átrios para os ventrículos, corria o amor tão vermelho, tão intenso e viscoso, levando os nutrientes necessários para resistir aos ataques que sofria.
Mas,meu coração parou...De forma inesperada e abrupta, parou.
Não deu tempo pra tentar,não deu tempo pra reanimar.
Foi parada cardíaca,a morte súbita do nosso amor.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Morre o ícone da cultura pop
Lembro-me como se fosse hoje...
Meu primeiro disco do Michael Jackson, era 1984 e eu completava 12 anos. O Rei do Pop entrava assim na minha vida!
Hoje ele sofreu uma parada cardíaca e morreu, há menos de um mês de sua turnê de retorno aos palcos na Inglaterra, “Is This It”, onde faria 50 shows.
Seu sucesso chegou aos céus e sua carreira quase ao inferno, a sua vida pessoal sempre foi uma utopia na Terra do Nunca...
...Agora ,ele descansa e eu fico a cantar:
"How could this be
You're not here with me
You never said goodbye
Someone tell me why
Did you have to go
And leave my world so cold" - You are not alone
Enxergar o que não se quer ver
Abro os olhos, ofusca minha mente...
...A tua ausência tão presente!
Fechos os olhos, o sonho não vem.
Apenas o abandono, vontade de sumir,de matar, mas o quê? Quem?
Nada enxergo ao redor,
somente pranto e dor.
Desesperado, grito alto:
- Meu Deus, é o amor!
Que amor é esse?
Sem cúmplices para dialogar?
O mudo fala para um surdo,
que não quer enxergar.
Contradição...Olhos abertos, estatelados.
A visão do amor a se turvar
Te quero junto, te quero próximo.
Com tua alma, corpo e mente no devido lugar.
Assim, pequeno, abro os olhos
Para tudo aquilo que não quero encarar
Faço sonho do meu pesadelo
A manhã há de chegar...
Com a luz do dia, quem sabe.
Iluminar a escuridão
E a claridade do amor
Fazer casa no teu coração
...A tua ausência tão presente!
Fechos os olhos, o sonho não vem.
Apenas o abandono, vontade de sumir,de matar, mas o quê? Quem?
Nada enxergo ao redor,
somente pranto e dor.
Desesperado, grito alto:
- Meu Deus, é o amor!
Que amor é esse?
Sem cúmplices para dialogar?
O mudo fala para um surdo,
que não quer enxergar.
Contradição...Olhos abertos, estatelados.
A visão do amor a se turvar
Te quero junto, te quero próximo.
Com tua alma, corpo e mente no devido lugar.
Assim, pequeno, abro os olhos
Para tudo aquilo que não quero encarar
Faço sonho do meu pesadelo
A manhã há de chegar...
Com a luz do dia, quem sabe.
Iluminar a escuridão
E a claridade do amor
Fazer casa no teu coração
Esse texto escrevi em 2000, meu primeiro ano de namoro. Nossas intermináveis conversas telefônicas, nosso amor tão grande foi traduzido assim:
Amor na linha
Pouco te vejo
Muito te ouço
Pouco me fecho
Muito te abro
Pouco te vejo
Muito te falo
Pouco eu esqueço
Muito me calo
Não quero pensar muito
Que nosso tempo possa ser pouco
Eu quero, aos poucos
Te você e muito!!!
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Viciada em Chocolate
Os homens são como o chocolate:
Sedutoras tentações, disponíveis em infinitas variações. Algumas especializavam-se em parecer dulcíssimos à primeira trincadela, só para depois revelarem o travo amargo da vertente mais escura.
...E eu que adorava especialidades!
Sedutoras tentações, disponíveis em infinitas variações. Algumas especializavam-se em parecer dulcíssimos à primeira trincadela, só para depois revelarem o travo amargo da vertente mais escura.
...E eu que adorava especialidades!
Tina Grube, no livro “Os Homens são como Chocolate
Assinar:
Postagens (Atom)